Quando eu era criança realmente não entendia as
mulheres se olhando em frente ao espelho, elas ficavam tão absorvidas com
aquele momento que eu realmente me assustava. Se olhavam no espelho e pareciam
não se aceitar.
No final dessa história eu cresci, e então eu entendi
tudo. A primeira vez que me importei comigo e meu corpo foi quando estava em
uma festa e via as pessoas me olhando. Aquela fase critica dos 11 anos onde
temos a primeira espinha, onde começa a fase das mudanças. Lembro que eu estava
com um rabo de cavalo, e meu cabelo estava bem ruim. E então eu percebi que
tinha algo errado, cheguei em casa com
isso na cabeça.
A questão é, toda mulher já colocou um biquíni se olhou no espalho, e muitas
vezes, não ficou satisfeita com que estava vendo. E se formos falar para não
ligarmos para a opinião dos outros, estaremos mentindo. Eu já me importei muito,
como já deixei pra lá também. Só que a opinião dos outros realmente não
significa nada quando você não se
aceita. E sim, é possível se aceitar. Eu me aceitei, e foi uma das melhores
coisas que já fiz.
Não estou dizendo para parar de se importar com você e
seu corpo e muito menos perder sua vaidade, você sempre tem que pensar em
evoluir, para você e sua saúde. Mas eu realmente me aceitei, do jeito que
sou. Todo mundo tem o seu jeito, e você
ser assim é o que te difere de todos.
Eu detestava meu cabelo meu cabelo, a maioria das
minhas amigas tinha o cabelo bem liso. E eu naquela fase critica de mudanças
com o cabelo um pouco crespo e bem armado. A pele, sempre nascendo algumas
espinhas, era ruim.
Eu me sentia péssima, mas então descobri que eu
deveria me aceitar do jeito que sou, com os cabelos mistos, e não com a pele
perfeita mas sempre procurando melhorar. Eu comecei a me aceitar com os quadris
largos e pouco busto, sempre tentando melhorar porém me aceitando. É um lema
que todos deveriam aderir a vida, seja você, tente melhorar e se aceite.
Jade Gaiarini Hilario
Jade Gaiarini Hilario